Flávio Castro, sócio-diretor da FSB, fala sobre o fortalecimento do Brasil no cenário internacional

28 de agosto de 2012

Em artigo publicado no The Holmes Report, o sócio-diretor da FSB, Flávio Castro, aborda o fortalecimento do Brasil no cenário internacional e as oportunidades de negócios geradas.

(Data da publicação: 26.08.2012)

“Aos 41 anos, sou de uma geração que teve poucas razões para ser otimista em relação ao Brasil. Durante grande parte de minha vida, a sensação era a de viver uma crise permanente. Hiperinflação, ditadura, trocas de moedas e até o impeachment de um presidente foram parte de nossas rotinas durante as décadas de 70 e 80 e parte dos anos 90. Mas a partir da implementação do Plano Real, em 1994, o País começou pouco a pouco a entrar nos eixos. E a coroação desse processo foi a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 (no Rio de Janeiro).

Essas escolhas criaram para o Brasil uma oportunidade única para promover no exterior sua imagem como um país moderno, estável, democrático e próspero, o que representa uma importante mudança em relação ao comportamento introspectivo que tínhamos no passado. E, embora a publicidade seja também relevante, as ações de Relações Públicas e Comunicação Corporativa terão um papel estratégico nesse processo.

O Governo Federal já começou a usufruir dessa oportunidade em dois fronts diferentes, usando uma combinação interessante de grandes agências nacionais e alguns dos principais grupos internacionais de relações públicas. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) está lidando com o lado institucional do trabalho, enquanto a Embratur foca na promoção do Brasil como destino turístico.

O trabalho da Embratur no mercado norte-americano é coordenado pela FSB, em parceria com a Edelman. Essas ações registraram importantes resultados ao longo dos anos (desde 2006) e se beneficiaram de uma característica que geralmente falta às iniciativas brasileiras: continuidade. A criação de relacionamentos de longo prazo com os jornalistas americanos ajudou a Embratur a gerar mais de 410 milhões de impressões de mídia nos EUA em 2011, com um retorno sobre o investimento superior a 1.000%.

Os bons resultados obtidos por Secom e Embratur não são, no entanto, suficientes. Considerando as possibilidades que tem até 2016, o Brasil deveria  fazer muito mais para promover sua marcar no exterior. Precisamos agora que empresas privadas, associações setoriais e governos estaduais e municipais entrem nesse trem e comecem a investir em comunicação nos principais mercados.

Mais do que nunca em sua história, o Brasil se tornou um player ativo no mundo globalizado e precisa começar a agir de forma condizente a seu novo status. O País finalmente tem a chance de fortalecer a forma como é percebido internacionalmente. Para agências nacionais e multinacionais, esse cenário oferece uma série de novas oportunidades de negócio.

Minha geração espera ansiosamente por esse momento”.

Confira, no link a seguir, o artigo na íntegra: http://www.holmesreport.com/opinion-info/12292/Brazil-Must-Not-Squander-Its-Golden-PR-Opportunity.aspx